terça-feira, 30 de junho de 2009
Entrevista: Mia Couto
«Moçambique e África são temas presentes em suas obras. Você acha que é preciso expandir a realidade africana para o mundo?
Os que pensam, na verdade, não pensam. Para os que pensam a África, a ideia já está formada. Acham que já sabem. Que seja por uma romantização de esquerda ou direita. A África que existe na cabeça da maioria das pessoas é folclorizada, idealizada. É uma África que não existe. E os próprios africanos assumiram essa imagem. Acredita-se que a África é assim não por questões históricas, mas por uma espécie de genética do continente.»
Os que pensam, na verdade, não pensam. Para os que pensam a África, a ideia já está formada. Acham que já sabem. Que seja por uma romantização de esquerda ou direita. A África que existe na cabeça da maioria das pessoas é folclorizada, idealizada. É uma África que não existe. E os próprios africanos assumiram essa imagem. Acredita-se que a África é assim não por questões históricas, mas por uma espécie de genética do continente.»
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O Senhor Palomar acertou. Será que a Porto Editora também lhe vai dar um prémio?
O Senhor Palomar acertou na mouche. Não só revelou o mistério sobre que obra estaria relacionada com o General Zia, como, inadvertidamente, acabou por colocar a capa original que viria a ser adaptada para o mercado português. Ver no Porta-Livros, um dos blogs seleccionados pela Porto Editora para levar a cabo esta iniciativa.
365 em distribuição gratuita
A Revista 365 (www.revista365.com) agora é de distribuição gratuita. Neste número especial, reune-se alguns textos anteriormente publicados. Constam da lista nomes como Fernando Ribeiro, João Pereira Coutinho, José Luís Peixoto, Pedro Sena-Lino e valter hugo mãe.
A direcção é de Fernando Alvim, a edição de António Gregório e Carina Fonseca, e o design de Alex Gozblau.
A direcção é de Fernando Alvim, a edição de António Gregório e Carina Fonseca, e o design de Alex Gozblau.
Brasil satisfeito com o Acordo Ortográfico
A discussão continua acesa, mas do Brasil chegam ventos que dão conta do sucesso da implementação do acordo o ortográfico. Claro que nestas coisas há sempre vinte que ficam satisfeitos e outros tantos que ficam aborrecidos. Mas fica aqui a nota.
Pequena Enciclopédia da Noite, de Carlos Nejar (Quasi), por José Mário Silva
«Neste livro que reúne meia centena dos seus «melhores poemas», de Livro de Silbion (1963) a Sonetos do Paiol ao sul da Aurora (1997), Nejar oferece ao leitor uma viagem-relâmpago ao fulcro da sua obra, por muito que a «apertadíssima escolha» provoque no poeta português António Osório, autor da nota introdutória, uma não escondida perplexidade: «Mas como ousou Carlos Nejar, senhor de uma obra imensa [perto de 30 títulos], reduzi-la a… 50 poemas? E os “melhores”, porquê os melhores? Os outros, as inúmeras centenas, não contam? Serão eles menores?»
Ler na íntegra aqui.
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Entrevista: Philip Roth (11.10.2004)
Entrevista dada aquando do lançamento de “A Conspiração contra a América” (Publicações Dom Quixote).
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Destinos literários
Escolher destinos de férias pela Literatura: Lisboa, Paris, Dublin, Berlim, Atenas...
Para consultar no El Mundo.
100 livros online que toda a gente deveria ler
Melville, Joyce, Kafka, Stevenson, Hesse, Dickens, Shakespeare, Poe, Wilde, Conrad, Dostoevsky, Twain, Flaubert, Darwin, Caroll, Swift, Vergílio, Homero, Sun Tzu, Aristóteles, entre outros: muitos outros. Lista completa aqui.
O Filho da Mãe, de Bernardo Carvalho, por Eduardo Pitta (Cotovia)
«O seu último romance, O filho da mãe, um projecto encomendado (o autor teria de passar três meses numa cidade estrangeira e situar lá o plot), tem São Petersburgo como cenário. O título tem que ver com o facto de existir uma associação de mães que zela pelos interesses dos filhos destacados à força para a Tchetchénia. Bernardo Carvalho viveu em São Petersburgo durante uns meses. Um susto. O livro fala da nova Rússia. A Rússia dos arqui-milionários, do consumismo desenfreado, das máfias. A Rússia que deixou de ser URSS mas não abdicou do ocupar a Tchetchénia. Fala de desespero e humilhação: oficiais do exército russo que obrigam recrutas e soldados a prostituirem-se com homens.»
Ler na íntegra aqui.
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A Nova Guimarães, por Eduardo Pitta
Opinião do imprescindível Eduardo Pitta, no Da Literatura: «cada vez mais a distribuição é um caos. Sucede que, já em 2009, a Guimarães editou meia centena de títulos. Mas, em livraria, eu vi três. A notável saga da Crónica da Vida Lisboeta, de Joaquim Paço d’Arcos — seis romances, publicados entre 1938 e 1956, agora reunidos em três volumes de capa dura —; o referido Dicionário Imperfeito e, por último, Pensadora entre as coisas pensadas (2008), lição do doutoramento honoris causa em Línguas e Literaturas Europeias e Americanas outorgada a Agustina pela Universidade Tor Vergata, de Roma, em edição bilingue traduzida por M. Freitas da Costa.
E afinal há um mundo por descobrir. Joaquim Paço d’Arcos (1908-1979) devia dispensar apresentações.»
Para ler na íntegra aqui.
E afinal há um mundo por descobrir. Joaquim Paço d’Arcos (1908-1979) devia dispensar apresentações.»
Para ler na íntegra aqui.
segunda-feira, 29 de junho de 2009
César Bórgia, de Ivan Cloulas (Edições 70)
Apesar de se tratar de uma biografia, este volume não pertence à colecção homónima, mas sim à colecção "extra-colecção". Recorde-se que na colecção de biografias, a Edições 70 já publicou estudos de Lénine, Maquiavel, Fidel Castro, entre outros.
O actual volume chama-se "César Bórgia", e é da autoria de Ivan Cloulas.
Ivan Cloulas é um antigo membro da École Française de Roma e da Casa de Velázquez em Madrid, e especializou-se no estudo do período da Renascença, tendo publicado diversos estudos e biografias. Foi, pelo conjunto da sua obra, galardoado com o Grande Prémio de História da Academia Francesa.
César Bórgia, filho do papa Alexandre VI, foi para Maquiavel a encarnação do príncipe ideal do Renascimento. Com uma vida cheia de excessos, veio a morrer aos 32 anos.
Ivan Cloulas é um antigo membro da École Française de Roma e da Casa de Velázquez em Madrid, e especializou-se no estudo do período da Renascença, tendo publicado diversos estudos e biografias. Foi, pelo conjunto da sua obra, galardoado com o Grande Prémio de História da Academia Francesa.
César Bórgia, Ivan Cloulas, Edições 70. Tradução de Victor Silva. 18 €
Os Meus Prémios, de Thomas Bernhard, por Sara Figueiredo Costa
« Thomas Bernhard, prolífico autor de uma das obras mais importantes da segunda metade do século XX, reuniu um conjunto de textos sobre os vários prémios que recebeu ao longo da vida, anexando-lhes alguns dos discursos que proferiu em tão solenes ocasiões. Entre a constatação da ignorância de parte considerável dos presentes nas cerimónias e o registo de algumas preocupações de cariz existencial que extravasam a temática dos prémios, a verve de Bernhard produz um discurso frontal, certeiro nos seus alvos e nada encantado pelas luzes da ribalta. Assumindo que aceita os prémios porque o dinheiro lhe faz falta, o autor de Frost não se poupa a descrições pormenorizadas, algumas hilariantes (apesar do tom sério), das cerimónias. Entre croquetes e cumprimentos, há muito pouca literatura.»
Ler na íntegra aqui.
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domingo, 28 de junho de 2009
1Q84: O novo livro de Murakami
Orwell é uma das fontes de inspiração do novo livro de Murakami. Ler no Guardian.
Ignacio del Valle
Ignacio del Valle, que está publicado em Portugal pela Porto Editora, acaba de lançar, em Espanha, «Los demonios de Berlín» (Alfaguara). Reportagem ontem no El País.
As bibliotecas mais belas do Ocidente
O Senhor Palomar tentou, mas não conseguiu duplicar aqui a apresentação flash do El Mundo que apresenta uma série de fotografias de bibliotecas, do fotógrafo turco Ahmet Ertug. Esta recolha está em exposição em Paris: «Comparadas con las bibliotecas modernas, donde los libros están en el depósito y los lectores no pueden verlos ni, menos aún, tocarlos, las antiguas son totalmente diferentes: poseen un alma. Yo lo comparo con el acto de comprar libros. Antes los comprábamos en una librería y hoy en Internet. Tocar los libros, hojearlos y tenerlos entre las manos, confiere un placer único a la lectura. Me gusta sumergirme con mi cámara fotográfica en esos espacios arquitectónicos extraordinarios, que son las bibliotecas antiguas, donde el tiempo transcurre lentamente.»
José Saramago e a sua Fundação
José Saramago, durante uma visita à Casa dos Bicos, futura localização da Fundação, disse aos jornalista que o grande objectivo é que a Fundação José Saramago se torne «num pólo cultural de Lisboa»: «"Ao contrário do que algumas pessoas mal-intencionadas quiseram fazer acreditar, a Casa dos Bicos, que vamos ocupar, não está aqui simplesmente para glorificar a vida ou a obra do senhor Saramago, está aqui para ser útil"»
Ler no Público.
Ler no Público.
sábado, 27 de junho de 2009
Jorge de Sena, por António Guerreiro (Actual do Expresso)
A não perder no caderno "Actual" do Expresso (página 24) o artigo de António Guerreiro que desenvolve as recentes notícias em volta de Jorge de Sena: a doação do espólio à Biblioteca Nacional e a reedição das obras deste autor, por parte da Guimarães Editores.
Borges - um perfil no El País
O El País publica hoje um perfil de Jorge Luis Borges. O artigo de Manuel Vicent pode ser lido aqui.
Lançamento d'O Caderno, de José Saramago (Caminho)
O Senhor Palomar teve demasiado pudor para sequer se aproximar do Nobel português. E não se atreve a escrever uma linha sobre o assunto. Mas vale a pena observar com atenção o que escrevem José Mário Silva, Isabel Coutinho e Sara Figueiredo Costa.
Finalmente Pedro Vieira explica ao Senhor Palomar o que é exactamente, e sem meias medidas, o seu blogue
Anda o Senhor Palomar há meses (anos) a tentar perceber o que é o blogue Irmão Lúcia, e eis que, (quando já perdera a esperança, remetendo-o para a categoria de inclassificável), Pedro Vieira, inspirado, apresenta uma definição para a sua plataforma. Aparentemente, trata-se de «um quase blogue na terra dos quase romances»
Tema inevitável
Mesmo sendo este um blogue de livros, o tema é inevitável. A discussão está em todo o lado, sendo que o mais interessante é que tenha sido o Site TMZ a dar a notícia e não um dos grandes nomes do jornalismo. Para já, as vendas de discos na Amazon subiram em flecha. Os sites dos jornais bloquearam com o acesso massivo dos internautas. Primeiras páginas garantidas e alteradas à última da hora. Toda a gente tem uma opinião, toda a gente quer dar o seu testemunho.
sexta-feira, 26 de junho de 2009
Esquerda na encruzilhada ou fora da História? - Ensaios políticos, de Eduardo Lourenço (Gradiva)
O Senhor Palomar reparou agora que nunca falou da Gradiva. O que é uma tremenda injustiça. Conotada por certos públicos com a «a editora do Rodrigues dos Santos», só o olhar menos atento poderá pensar que esta é só a editora do pivot da RTP.
A Gradiva é uma das mais respeitáveis e coerentes editoras do nosso mercado, tendo feito mais pela divulgação da ciência que o Ministério correspondente em 10 anos. Sob a batuta de Guilherme Valente, tem empreendido um elevado esforço para «trocar por miúdos» conceitos que não têm de estar só no cânone dos cientistas do MIT. Quando vai buscar autores como Crato e percebemos que a Matemática está em todo o lodo ou quando nos deixa desconfortáveis depois de ler Steiner, este editor acumula funções e está, ele próprio, a assumir o papel de Ministro da Educação. E isto só para falar de dois casos. Porque há outros: Carlos Fiolhais, João Lobo Antunes, João Caraça, ou, e este é o mote do post, Eduardo Lourenço.
Eduardo Lourenço dispensa apresentações e não será o Senhor Palomar a assumir esse atrevimento (ou risco, se o leitor preferir). Mas tem atrevimento suficiente para falar da mais recente obra do ensaísta. Em «Esquerda na encruzilhada ou fora da História?», o português radicado há muitos anos em França apresenta a sua visão da esquerda política, bebendo e dissertando das suas raízes históricas, mas igualmente das suas implicações no contexto social e económico. Sem deixar, nem outra coisa se esperaria, de falar do caso Portugal. Alguns dos capítulos da obra são bem elucidativos e deixam o Senhor Palomar a salivar: A Esquerda como Problema e como Esperança», «Para uma Esquerda sem Ilusões ou A Memória Curta», ou «Do Estado como providência —(O fim de um mito?)».
Alguns dos ensaios políticos antologiados tiveram publicação em diversos meios, como o Expresso ou o Jornal, e sua escrita feita em diversas datas.
Outras obras do autor na Gradiva (mas há mais): O Esplendor do Caos (1998), Portugal como Destino seguido de Mitologia da Saudade, (1999), A Nau de Ícaro seguido de Imagem e Miragem da Lusofonia (1999), A Europa Desencantada— para Uma Mitologia Europeia (2001); Destroços— O Gibão de Mestre Gil e Outros Ensaios (2004). O Lugar do Anjo— Ensaios Pessoanos, Gradiva, 2004.
Ler mais sobre Eduardo Lourenço aqui.
Veneza, Jan Morris (Tinta-da-China)
A não perder no Ípsilon de hoje a reportagem de Alexandra Prado Coelho dedicada a "Veneza", de Jan Morris (Tinta-da-China), que conta com testemunhos da autora. Tradução de Raquel Mouta (excelente, segundo avança o coordenador desta colecção de viagens, Carlos Vaz Marques).
Ler ainda a crítica de Eduardo Pitta, que atribui 5 estrelas à obra: «Morris adverte que não se trata de um livro de história, nem de um guia, nem sequer de uma reportagem. Ignore os avisos. O índice remissivo contém todas as referências importantes, e uma cronologia entre o ano 421 e 1960 não deixa nada de fora. O índice onomástico é precioso. Convém perceber que falamos de uma sociedade fechada: «Veneza nunca foi amada. Sempre esteve à parte, sempre foi invejada, sempre suspeita, sempre temida. [...] Era o leão que caminhava sozinho.» Ler na íntegra aqui.
O Senhor Palomar já tinha falado desta obra aqui.
Ler ainda a crítica de Eduardo Pitta, que atribui 5 estrelas à obra: «Morris adverte que não se trata de um livro de história, nem de um guia, nem sequer de uma reportagem. Ignore os avisos. O índice remissivo contém todas as referências importantes, e uma cronologia entre o ano 421 e 1960 não deixa nada de fora. O índice onomástico é precioso. Convém perceber que falamos de uma sociedade fechada: «Veneza nunca foi amada. Sempre esteve à parte, sempre foi invejada, sempre suspeita, sempre temida. [...] Era o leão que caminhava sozinho.» Ler na íntegra aqui.
O Senhor Palomar já tinha falado desta obra aqui.
Trilogia Millennium, por Fernando Savater
Partindo da personagem Lisbeth Salander, Savater discorre sobre algumas atípicas personagens femininas. Para ler no El País.
Vale a pena ler os clássicos?
Respostas de Ana Margarida Ramos. para o segmento infanto-juvenil.
Quanto ao tema, e de forma mais abrangente, o Senhor Palomar acha que se Calvino já for um clássico (aparentemente, e segundo declarações recentes, livros com mais de seis meses são fundo de catálogo) então sim, vale. Muito.
Via Livro de Estilo.
CNC cede espaço inventariação do espólio de Sophia
Guilherme de Oliveira Martins, presidente do CNC, anunciou que será cedido um espaço para a inventariação do espólio de Sophia de Mello Breyner Andresen (composto por cerca de 70 caixas, com poesia, prosa, agendas, cartas, folhetos,...).
Maria Sousa Tavares, filha da poeta (e professora da Faculdade de Letras de Lisboa) estará à frente do projecto. O espólio ordenado será doado à Biblioteca Nacional em 2010.
Maria Sousa Tavares, filha da poeta (e professora da Faculdade de Letras de Lisboa) estará à frente do projecto. O espólio ordenado será doado à Biblioteca Nacional em 2010.
Do Mundo Original, de Vergílio Ferreira, por João Paulo Sousa
«Desde o início, impressiona a coerência de um pensamento sobre a arte que se desenha e reitera ao longo de todos os textos. Um dos tópicos mais glosados é o da sinceridade do artista, que, na óptica do autor, serve para o distinguir de um teorizador, na medida em que as ideias podem ser discutidas e contestadas racionalmente, mas o mesmo não se pode fazer em relação a uma obra de arte: «Se uma obra de arte nos não fala, ela puramente não existe.»
Ler na íntegra aqui.
Ler na íntegra aqui.
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Quetzal Editores,
Recensão Literária
No teu deserto, de Miguel Sousa Tavares. Mais uns tempos e era mesmo um romance
O quase romance de Miguel Sousa Tavares (Oficina do Livro), com data de estreia para o dia 7 de Julho, está a ser trabalhado pelo autor há um ano e meio. O que levanta uma dúvida ao Senhor Palomar: o «quase diário de viagem», «quase romance de amor», se tivesse começado a ser escrito há mais tempo, ou publicado daqui a uns tempos, chegaria a ser um romance? Mesmo.
Ler mais no Ípsilon.
quinta-feira, 25 de junho de 2009
Senhor Palomar recebe Prémio Lemniscata
O Senhor Palomar acaba de ser agraciado com o Prémio Lemniscata, cortesia de Margarida Baldaia do blog O noivado do Sepulcro. Este prémio tem por objectivo premiar "blogues que demonstram talento, seja nas artes, nas letras, nas ciências, na poesia ou em qualquer outra área e que, com isso, enriquecem a blogosfera e a vida dos leitores".
O Senhor Palomar agradece e deixa a sua lista de 7 blogs:
- Bibliotecário de Babel, José Mário Silva
O Senhor Palomar agradece e deixa a sua lista de 7 blogs:
- Bibliotecário de Babel, José Mário Silva
- LERBlog, redacção da LER
- Blog da Quetzal, Quetzal.
- Blogtailors, dos Booktailors
- Da Literatura, de Eduardo Pitta
- Irmão Lúcia, de Pedro Vieira
- Jardim Assombrado, Carla Maia de Almeida
Reacções na caixa de comentários do blog da LER ao último livro de Miguel Sousa Tavares, "No teu deserto"
«De Anónimo a 24 de Junho de 2009 às 11:47
Quer... dizer que o homem sempre encontrou o portátil»
«De O Homem sem Nome a 24 de Junho de 2009 às 13:51
Não. No portátil estavam as restantes 500 páginas do livro.»
«De Feirante da Ladra a 24 de Junho de 2009 às 14:39
As restantes quinhentas páginas tardam mas não faltarão, não deixeis de temer, não deixeis.»
Retirado daqui.
Quer... dizer que o homem sempre encontrou o portátil»
«De O Homem sem Nome a 24 de Junho de 2009 às 13:51
Não. No portátil estavam as restantes 500 páginas do livro.»
«De Feirante da Ladra a 24 de Junho de 2009 às 14:39
As restantes quinhentas páginas tardam mas não faltarão, não deixeis de temer, não deixeis.»
Retirado daqui.
O Senhor Palomar atingiu ontem as 502 visitas
Muito obrigado.
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Agradecimentos e referências ao Sr. Palomar
Os conselhos de Muñoz Molina
Muñoz Molina revela alguns dos segredos da sua oficina da escrita. Ler no El País.
A Estocolmo da trilogia Millennium
Um passeio pelos cenários de Estocolmo da trilogia Millennium de Stieg Larsson é o que nos propõe o site El Viajero. Um exemplo: «a casa de Lisbeth se sitúa en el ático del número 9 de Fiskargatan. Un lugar que, en la vida real, resultó bastante polémico tras su construcción, pues la altura del edificio tapaba las vistas de la iglesia luterana de Katarina Bangata, situada justo detrás. El apartamento de Salander se distingue del resto por el revestimiento metálico verde que lo cubre. Desde sus ventanas es posible contemplar una espectacular vista del Báltico y de las islas de Gamla Stan, Östermalm y Djurgarden, en este orden, de izquierda a derecha.»
Michel Foucault: 25 anos sobre a sua morte
O calendário assim o dita: passam hoje 25 anos sobre a morte de Michel Foucault.
Gay Talese em entrevista
A propósito da sua participação em Paraty, Gay Talese (publicado em Portugal pela Editorial Presença) deu uma entrevista à Folha de S. Paulo.
«O senhor acredita que seu estilo de escrita, que ficou conhecido como jornalismo literário, pode ser uma arma poderosa para combater a crise do jornalismo em geral - a imprensa impressa especificamente - enfrenta hoje?
Não sei se o "jornalismo literário" salvará o jornalismo tradicional como o conhecemos; mas o jornalismo sempre teve figuras literárias em suas fileiras (Ernest Hemingway [1899-1961] começou assim, como George Orwell [1903-1950], Gabriel Garcia Márquez etc.)»
«O senhor acredita que seu estilo de escrita, que ficou conhecido como jornalismo literário, pode ser uma arma poderosa para combater a crise do jornalismo em geral - a imprensa impressa especificamente - enfrenta hoje?
Não sei se o "jornalismo literário" salvará o jornalismo tradicional como o conhecemos; mas o jornalismo sempre teve figuras literárias em suas fileiras (Ernest Hemingway [1899-1961] começou assim, como George Orwell [1903-1950], Gabriel Garcia Márquez etc.)»
Ler aqui.
Michael Tolliver está vivo, de Armistead Maupi (Contraponto), por Eduardo Pitta
«Armistead Maupin é um escritor e jornalista laureado, combateu no Vietname (1967-70) como fuzileiro naval, assumiu publicamente a sua homossexualidade em 1974 e, em 2007, casou com o fotógrafo Christopher Turner. Michael Tolliver está vivo, o seu mais recente romance, chegou às livrarias portuguesas numa tradução irrepreensível de Duarte Sousa Tavares.»
Ler aqui na íntegra o texto de Eduardo Pitta.
Ler aqui na íntegra o texto de Eduardo Pitta.
O Caderno, de José Saramago, em debate. Com José Saramago, José Mário Silva e Isabel Coutinho
Hoje, pelas 18h30, na Sala Coimbra B do Tiara Park Atlantic Hotel (antigo Méridien), em Lisboa, José Mário Silva e Isabel Coutinho participarão na apresentação multimédia do mais recente livro de José Saramago: O Caderno. Esta obra recolhe posts publicados pelo Prémio Nobel no seu blogue.
O evento terá transmissão vídeo em directo, através do portal SAPO Vídeos. Os interessados poderão dirigir perguntas ao Nobel português, enviando-as para o endereço pergunteasaramago@sapo.pt.
O evento terá transmissão vídeo em directo, através do portal SAPO Vídeos. Os interessados poderão dirigir perguntas ao Nobel português, enviando-as para o endereço pergunteasaramago@sapo.pt.
Livro do Desassossego em filme
A Câmara Municipal de Lisboa e o realizador João Botelho assinaram um protocolo, com vista à adaptação ao cinema do “Livro do Desassossego”, de Bernardo Soares (Fernando Pessoa).
A cerimónia terá lugar no dia 6 de Julho às 18h30, na Casa Fernando Pessoa.
A cerimónia terá lugar no dia 6 de Julho às 18h30, na Casa Fernando Pessoa.
quarta-feira, 24 de junho de 2009
Prémio Príncipe das Astúrias de Letras para Ismail Kadaré
Saber mais sobre o autor albanês no El Mundo, no El País, no La Vanguardia, no Público, no blogue da Annualia - Verbo.
Obras publicadas em Portugal (pelas Publicações Dom Quixote): O Palácio dos Sonhos (1992), A Pirâmide (1994) Abril Despedaçado (2002), A Filha de Agamémnon e o Sucessor (2008) e o livro de ensaios ensaio Três Cantos Fúnebres pelo Kosovo (2002).
O Prémio Príncipe das Astúrias foi criado em 1975.
Saramago sobre Sabato: «Estou certo de que ao século que acabou se virá a chamar também o século de Sabato, como o de Kafka ou o de Proust»
José Saramago publica no seu caderno um texto de homenagem a Ernesto Sabato, que faz hoje noventa e oito anos.
Quase romance
O Senhor Palomar, que subscreve a newsletter da wook.pt, viu hoje anunciado um novo livro de Miguel Sousa Tavares.
Ao que parece, segundo a editora, trata-se de um quase romance (ver capa); mas para a newsletter da livraria online, informação que se repete na página online da livraria, o livro é mesmo um "romance". Sem o quase. Como não é claro que o "quase romance" faça parte do título, o Senhor Palomar está apreensivo e gostaria de saber em que ficamos.
O Senhor Palomar não gosta que o baralhem. A vida já é complexa o suficiente e não gosta que a ficção do dia-a-dia não seja directa e simples. O Senhor Palomar quer escolher as suas leituras de Verão e assim não consegue. O Senhor Palomar gostava de ser esclarecido, porque em breve partirá para férias. E agora o Senhor Palomar vai ver a página da concorrência para ver se percebe o que se está a passar.
As perguntas de José Saramago a Camões que, 40 anos depois, continuam sem resposta
1. Que sabemos de ti, se versos só deixaste,
2. Que lembrança ficou no mundo que tiveste?
3. Do nascer ao morrer ganhaste os dias todos,
4. Ou perderam-te a vida os versos que fizeste?
Ler aqui.
2. Que lembrança ficou no mundo que tiveste?
3. Do nascer ao morrer ganhaste os dias todos,
4. Ou perderam-te a vida os versos que fizeste?
Ler aqui.
O regresso de Lorrie Moore, por Isabel coutinho
«A Gate at The Stairs» estará nas livrarias norte-americanas a 8 de Setembro. Lorrie Moore, autora de «Pássaros da América» e de «Como a Vida» (Relógio d’Água), não publicava desde 1998.
Segundo Isabel Coutinho, «esta pode bem vir a ser a grande obra da “rentrée”»
Segundo Isabel Coutinho, «esta pode bem vir a ser a grande obra da “rentrée”»
O que falamos quando falamos de amor, de Carver - as histórias por detrás da história
No Brasil sairá uma nova edição do livro de contos "O que falamos quando falamos de amor", de Raymond Carver, sob o título "Os iniciantes". Esta edição está de acordo com "Beginners", lançado o ano passado nos EUA.
Beginners segue a versão original entregue pelo autor ao editor Gordon Lish que, em 1981 decidiu cortar grande parte do texto do autor. Carver não concordou com as alterações e cortou relações com Lish. A iniciativa da publicação partiu de «Tess Gallagher, viúva do autor, a partir dos originais encontrados por dois acadêmicos americanos numa biblioteca da Universidade de Indiana».
Ler no Jornal do Brasil.
Escritos secretos, de Sebastian Barry (Bertrand), por José Mário Silva
«Ao alternar as entradas dos dois diários, Barry traça pouco a pouco o perfil de duas pessoas à beira da desintegração. Roseanne, vítima há várias décadas de uma história de vingança familiar que levou ao seu internamento à força, a pretexto de uma loucura inexistente, agarra-se ao passado com unhas e dentes, tentando resgatar uma versão dos factos que a memória – falível – pode ter entretanto distorcido. A Irlanda que emerge deste relato é escura, brutal, sangrenta, com o ódio entre católicos e protestantes a envenenar tudo, mas há também momentos de um lirismo luminoso, como se o negrume e a mais pura beleza fossem duas faces da mesma moeda.»
Ler na íntegra aqui.
Apresentação da Biografia de Eça de Queirós, por Maria Filomena Mónica (Quetzal)
Hoje, na Bertrand do Chiado, pelas 18h30, será feita a apresentação da biografia de Eça de Queirós, de Maria Filomena Mónica (Quetzal). Estarão ainda presentes António Sousa Homem e Francisco José Viegas - o que não será fácil.
Se o livro não fosse já suficiente para a caminhada, informa-se que serão servidas queijadas de Sintra e licores. O Senhor Palomar estará presente.
Inéditos de Fernando Pessoa em livro. Lançamento hoje, pelas 18h30, na Casa Fernando Pessoa (Lisboa)
Hoje, na Casa Fernando Pessoa será apresentado «Fernando Pessoa: O Guardador de Papéis», com organização de Jerónimo Pizarro. A obra, que conta com inéditos de Fernando Pessoa, será apresentada por Inês Pedrosa.
Alguns dos inéditos incluem «um texto inédito sobre o encontro de Fernando Pessoa e Crowley, textos inéditos que revelam a posição do poeta em relação às aparições de Fátima (que na época gerou alguma polémica junto do episcopado), escritos que revelam Pessoa igualmente como escritor e leitor de romances policiais, assim como algumas curiosidades como a publicação da certidão de nascimento do poeta e das notas de Pessoa para 'regras de vida', entre outros», lê-se na nota de imprensa.
Uma edição da Texto Editores (via chancela Alfarrábio), com organização de Jerónimo Pizarro, doutor em Linguística Portuguesa, pela Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa, e em Literaturas Hispânicas, pela Faculdade de Artes e Ciências da Universidade de Harvard.
Os textos foram recolhidos por José Barreto, Steffen Dix, Patricio Ferrari, Sara Afonso Ferreira, Ana Maria Freitas, Carla Gago, Manuela Nogueira, Rita Patrício e Jerónimo Pizarro.
Alguns dos inéditos incluem «um texto inédito sobre o encontro de Fernando Pessoa e Crowley, textos inéditos que revelam a posição do poeta em relação às aparições de Fátima (que na época gerou alguma polémica junto do episcopado), escritos que revelam Pessoa igualmente como escritor e leitor de romances policiais, assim como algumas curiosidades como a publicação da certidão de nascimento do poeta e das notas de Pessoa para 'regras de vida', entre outros», lê-se na nota de imprensa.
Uma edição da Texto Editores (via chancela Alfarrábio), com organização de Jerónimo Pizarro, doutor em Linguística Portuguesa, pela Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa, e em Literaturas Hispânicas, pela Faculdade de Artes e Ciências da Universidade de Harvard.
Os textos foram recolhidos por José Barreto, Steffen Dix, Patricio Ferrari, Sara Afonso Ferreira, Ana Maria Freitas, Carla Gago, Manuela Nogueira, Rita Patrício e Jerónimo Pizarro.
Não é só Saramago a achar que a Internet poderá ter repercussões perniciosas para os livros, a leitura, a escrita.
Ler na Revista N as declarações de Ray Bradbury que manda para o inferno a Internet.
terça-feira, 23 de junho de 2009
Doutoramento Honoris Causa para Vargas Llosa
Notícia para ler aqui. Durante a cerimónia, o autor, publicado em Portugal pela Dom Quixote, confessou que sempre pensou que nunca encontraria um editor que aceitasse publicar as suas obras.
[Via Moleskine Literário]
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Prémios e Distinções
Entrevista a Philip Roth na revista Ñ
«Políticamente incorrecto» é o título da entrevista. O senhor Palomar chama a isto uma redundância. A não perder, claro. Excerto:
«En los libros desde mediados de los '90 en adelante, los desenlaces suelen ser provisorios, incluso los que llegan al promediar el libro, mediante las diversas ambigüedades propias de la realidad: hay diálogos imaginarios, conjeturas e hipótesis que e dan por buenas; sueños, fantasías, imposturas... Ficciones multiplicada en espejo.
Pero eso es la invención. Yo nunca me trazo un argumento de principio a fin, me dejo llevar por el envión, me sumerjo. No podría decirle por dónde comienzo; si lo supiera no seguiría siendo tan difícil. ¡Cada vez empiezo de cero! Tengo una noción de cierto personaje en una situación complicada. Cada narración surge de un personaje en una situación inédita para la que no está preparado. La clave al escribir es encontrar, sin un plan, por puro instinto –y éste es el don– el personaje adecuado a cada predicamento. En Pastoral americana , el sueco Levov debe enfrentarse con la noticia de que su dulce hijita se convirtió en una terrorista urbana: él no está preparado para lo que significarán los años '60 en los Estados Unidos. Ningún ser humano está preparado para lo que debe enfrentar en su vida.»
«En los libros desde mediados de los '90 en adelante, los desenlaces suelen ser provisorios, incluso los que llegan al promediar el libro, mediante las diversas ambigüedades propias de la realidad: hay diálogos imaginarios, conjeturas e hipótesis que e dan por buenas; sueños, fantasías, imposturas... Ficciones multiplicada en espejo.
Pero eso es la invención. Yo nunca me trazo un argumento de principio a fin, me dejo llevar por el envión, me sumerjo. No podría decirle por dónde comienzo; si lo supiera no seguiría siendo tan difícil. ¡Cada vez empiezo de cero! Tengo una noción de cierto personaje en una situación complicada. Cada narración surge de un personaje en una situación inédita para la que no está preparado. La clave al escribir es encontrar, sin un plan, por puro instinto –y éste es el don– el personaje adecuado a cada predicamento. En Pastoral americana , el sueco Levov debe enfrentarse con la noticia de que su dulce hijita se convirtió en una terrorista urbana: él no está preparado para lo que significarán los años '60 en los Estados Unidos. Ningún ser humano está preparado para lo que debe enfrentar en su vida.»
Imagem de um Roth despenteado retirada do mesmo artigo (link acima).
Jordânia: poeta Islam Samhan condenado a prisão
Samhan é acusado de citar o Corão de forma insultuosa. Ler aqui.
Combo, de João Paulo Cotrim e João Fazenda (Assírio e Alvim)
João Fazenda continua a dar cor aos livros da Assírio e Alvim. Depois da trilogia Dennis McShade, chega a vez do livro de João Paulo Cotrim, intitulado "Combo", dedicado à obra do ilustrador. Esta obra tem a particularidade de a sobrecapa, desdobrada, fazer um poster.
Mais informações sobre o livro aqui.
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Assírio e Alvim,
Livros,
O Senhor Palomar recomenda
O Senhor Palomar está envergonhado
O Senhor Palomar fica grato, mas apenas está cá para ajudar. Ainda assim, não pode deixar de ficar sensibilizado, pois indispensável é uma palavra muito forte. Um abraço, caro Tiago. Um abraço. E obrigado.
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Agradecimentos e referências ao Sr. Palomar
Livraria Poesia incompleta em Itália
Suketu Mehta, que esteve em Portugal por ocasião do congresso de Jornalismo Literário da Escola Superior de Comunicação Social de Lisboa, autor de Maximum City, escreveu sobre a livraria Poesia Incompleta. O artigo foi publicado no jornal italiano L’Espresso.
A Livraria Poesia incompleta dedica-se em exclusivo à comercialização (palavra feia para um espaço tão belo) de livros de poesia.
A fotografia é retirada do blog da livraria (link acima).
Jesusalém, de Mia Couto, hoje nas bancas (Editorial Caminho)
Jesusalém é o mais recente livro de Mia Couto.
Eis a sinopse divulgada pela editora à imprensa: « Profundamente abalado pela morte da mulher, Dordalma, aquela que era "um bocadinho mulata", Silvestre Vitalício afasta-se da cidade e do mundo. Com os dois filhos Mwanito e Ntumzi, mais o criado ex-militar Zacarias Kalash, faz-se transportar pelo cunhado Aproximado para o lugar mais remoto e inalcançável.
Aí, numa velha coutada de caça em ruínas, funda o seu refúgio, a que dá o nome de Jesusalém, porque a vida é demasiado preciosa para ser esbanjada num mundo desencantado".
Assim começa este novo romance de Mia Couto. Mas apenas começa, porque a vida, e a imaginação do autor, quando se combinam, como é aqui o caso, produzem os efeitos mais inesperados e surpreendentes.»
Para promover a obra, Mia Couto estará em Portugal entre 12 e 25 de Julho.
Leite derramado, de Chico Buarque, por José Mário Silva (Publicações Dom Quixote)
«O romance é uma sucessão de monólogos fragmentários e contraditórios, nos quais certas histórias reaparecem insistentemente, mas sempre contadas de outra maneira, a partir de outro ângulo, com outra vibração. A verdade, se existe, é instável. Tudo pode ter sido assim – ou ao contrário. Na cabeça «meio embolada» de Eulálio, os tempos misturam-se, cruzam-se, coalescem. E os espaços também. Já não há palacete em Botafogo, chalé em Copacabana, apartamento na Tijuca, nem fazenda na «raiz da serra» (invadida pela favela), mas no «palavrório» do moribundo eles recuperam o antigo esplendor.»
Ler na íntegra aqui.
Ler na íntegra aqui.
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Recensão Literária
Boris Vian com obra completa publicada na Gallimard
A Gallimard (La Pléiade) irá publicar as obras completas de Boris Vian, autor falecido há exactamente 50 anos, quando sofreu um ataque de coração no cinema Le Petit Marbeuf, perto dos champs elysées. Tinha 39 anos, e agora a França tenta que a sua memória, a sua obra, não seja esquecida.
Ler notícia na íntegra no El País. Acima, uma ilustração de Pedro Vieira, retirada daqui.
Ler notícia na íntegra no El País. Acima, uma ilustração de Pedro Vieira, retirada daqui.
Hoje: apresentação de "O Arco de Nemrod", de Teresa Salema (Sextante), na Livraria Pó dos Livros
Às 18h30. Apresentação a cargo de Frederico Lourenço.
O lançamento do último volume da trilogia Millennium em Espanha
José Saramago: Com os blogues, escreve-se mais, mas pior
Declarações do Nobel português aqui, no Jornal Clarín. José Saramago diz ainda que tem tantos cuidados quando escreve para o seu blogue, como quando escreve uma página de um romance.
segunda-feira, 22 de junho de 2009
Lançamento de Barroco Tropical, de José Eduardo Agualusa
É já na quarta-feira, dia 24, às 21h30, a apresentação do último romance de José Eduardo Agualusa. Na Casa da Morna (R. Rodrigues Faria, n.º 121, 1300-501 Lisboa). A apresentação será feita por Marcelo Rebelo de Sousa.
O Senhor Palomar não faltará.
Autores que nunca chegaram a vivenciar o sucesso dos seus livros
Stieg Larsson está longe de ser um fenómeno isolado. Outros autores faleceram antes de ver a sua obra atingir a notoriedade e o sucesso. John Kennedy Toole, Kafka, Alberto Méndez, Némirovsky. O nosso próprio Fernando Pessoa, acrescenta o Senhor Palomar. Ler no El Mundo.
Pedido
Pede o Senhor Palomar a todos os responsáveis editoriais que tenham a amabilidade de enviar as suas novidades e notícias para o e-mail do blog: senhorpalomar[arroba]gmail.com
Antecipadamente grato, vosso,
Palomar.
A 1.ª República
É verdade que o Senhor Palomar prefere livros sobre a implantação da República aos sucedâneos da Maddie, do Ronaldo, da Princesa Diana (deve ser isto que se chama google marketing), mas, ainda assim, não pode deixar de notar que, a partir de agora, começará a avalanche de livros (comemorações, condecorações, debates, jantares) dedicados ao 10 de Outubro de 1910. A Tinta-da-China toma a dianteira e apresenta o primeiro (de muitos):
A Longa Marcha, de Ed Jocelyn e Andrew McEwen(Quidnovi), por Paulo Moura
«Um livro de conteúdo fascinante, ainda que frágil do ponto de vista formal. A tradução desta edição portuguesa também não ajuda. Desde erros básicos de concordância gramatical até à sistemática colocação de vírgulas entre o sujeito e o verbo, o descuido da edição consegue tornar a leitura quase tão penosa como a própria Longa Marcha.»
Ler na íntegra aqui.
Regresso à Patagónia, de Bruce Chatwin e Paul Theroux (Quetzal Editores)
«Eu e o Paul fomos à Patagónia por razões muito diferentes. Mas, para além de gostarmos de viajar, gostamos de escrever sobre as nossas viagens. Uma referência ou um conhecimento literário conseguem entusiasmar-nos tanto como um animal ou uma planta raros; e, por isso, queremos falar de algumas das formas como a Patagónia influenciou a nossa imaginação literária. [p. 8]»
Regresso à Patagónia parece mais um tratado de Literatura do que um livro de viagens. Talvez o seja e a Patagónia apenas seja o tema de fundo. A ligação é tão forte, que apetece mesmo perguntar: se Chatwin e Theroux não gostassem tanto de viajar, teriam sido alguma vez escritores?
O livro, já se percebeu, foi escrito a duas mãos (não a quatro, pois não consta que um ou outro fossem ambidextros), e cruza o vasto conhecimento dos autores da região com Poe, Shakespeare, Melville, Conan Doyle, entre outros. É um pequeno texto originalmente publicado em 1985 e, mesmo podendo dizer-se que é grande na sua qualidade, não deixa de causar no leitor a sensação que apetecia bem mais.
A Quetzal tem vindo a publicar diversas obras destes autores(Na Patagónia, O que faço eu aqui, de Chatwin; “O velho Expresso da Patagónia", de Theroux, estando outros anunciados) e com esta obra inédita no nosso país, tanto quanto o Senhor Palomar sabe, vinca ainda mais a sua condição de editora preocupada com a literatura de viagens.
Regresso à Patagónia, Bruce Chatwin e Paul Theroux, Quetzal Editores, 2009. Tradução de Maria do Carmo Figueira. (9,95€)
Larsson-mania
Para os fãs de Larsson, a não perder o dossiê do La Vanguardia dedicado ao autor sueco.
A edição portuguesa está de parabéns porque a Antígona faz 30 anos
E os booktailors explicam porquê.
Reportagem de Fisk, destacadado em Teerão, no The Independent
Reportagem para ler aqui. O Senhor Palomar relembra que a bíblia de Fisk está publicado em Portugal pela Edições 70. O autor esteve em Portugal aquando do lançamento da obra e deu diversas entrevistas a alguns meios. Aqui ficam as que foram publicadas no Público e na Visão. Ver também a reportagem da RTP.
Carta de recusa a Dubliners
O editor apenas precisou de preencher a linha em branco.
Clique para aumentar. Retirado daqui.
domingo, 21 de junho de 2009
Dossiê Sophia
Hoje, no P2 do jornal Público. E aqui. Reportagem de Alexandra Lucas Coelho, fotos de Daniel Rocha.
Obrigado, Sara Figueiredo Costa
... pela inclusão do Senhor Palomar na barra de ligações. Obrigado obrigado obrigado.
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Agradecimentos e referências ao Sr. Palomar
Malcolm Gladwell: um perfil (Times)
Para ler aqui. Autor publicado em Portugal pelas Publicações Dom Quixote.
Os 40 anos da Anagrama
Para celebrar o 40.º aniversário da Anagrama, o prestigiado Jorge Herralde não está com meias medidas: vai lançar novas colecções e autores jovens / desconhecidos.
Quando questionado sobre o segredo da sua actividade (os termos não são estes mas ilustram a ideia), o editor responde: «Nunca fuimos a la búsqueda del best seller ni fuimos miméticos de las modas imperantes». Pois. E relativamente a eventualmente vender a editora a grupos maiores, as palavras também não lhe faltam: «Anagrama ha tenido ofertas de grupos franceses e italianos y hemos dicho que no vendíamos. El fondo representa el 40% de nuestras ventas. La editorial funciona sola".»
Ler no La Vanguardia.
A longa viagem de José Saramago, com José Céu e Silva
A viagem que João Céu e Silva transformou, em todos os sentidos da palavra, "longa", e que tem como protagonista José Saramago, chegou ao Brasil através de uma parceria da Porto Editora com a Horizont e com a Loyola Distribuidora de Livros.
As cartas de Rimbaud
Recensão no El Páis, por Lola Martínez de Albernoz. Ler primeiras páginas aqui.
sábado, 20 de junho de 2009
Boas, aliás: excelentes, notícias: Mário de Carvalho vence Prémio Vergílio Ferreira - Consagração
Dois grandes nomes da literatura portuguesa: o que dá o nome ao prémio e o vencedor. Por diferentes motivos, muitas vezes esquecidos.
Prémio "Será que isto significa que a Cultura passará a ter 1% do OE"?
Após as eleições, e segundo a oposição, Sócrates mudou de personalidade. O primeiro Ministro diz que não, contudo.
O Senhor Palomar recomenda. Mas não irá ver a exposição. De todas as vezes que foi, ficou a pensar que a evolução das espécies de Darwin é um embuste
Mais uma edição do World Press Photo no Museu de Electricidade. Ler no Público.
O que não aprendemos nas escolas, de Carsten L. Wilke (Edições 70), por José Manuel Fernandes
«O que começou por fasciná-lo na história dos judeus portugueses foi o facto de estes gozarem de um estatuto de protecção muito superior ao tinham noutros países na Idade Média. Porquê esse estatuto excepcional?
A protecção excepcional de que beneficiaram os judeus portugueses deriva do poder muito maior que tinham os reis em Portugal. As condições da reconquista criaram, até pela fuga de parte da população muçulmana, condições especiais para que os reis e os aristocratas protegessem os judeus contra as aspirações da Igreja e o preconceito popular. A Casa Real também utilizou os judeus como instrumento de centralização de poder.»
Um alemão escreve sobre a história dos judeus portugueses. José Manuel Fernandes entrevistou o autor e recenseou a obra. Uma edição da Edições 70.
A protecção excepcional de que beneficiaram os judeus portugueses deriva do poder muito maior que tinham os reis em Portugal. As condições da reconquista criaram, até pela fuga de parte da população muçulmana, condições especiais para que os reis e os aristocratas protegessem os judeus contra as aspirações da Igreja e o preconceito popular. A Casa Real também utilizou os judeus como instrumento de centralização de poder.»
Um alemão escreve sobre a história dos judeus portugueses. José Manuel Fernandes entrevistou o autor e recenseou a obra. Uma edição da Edições 70.
Outliers, de Malcolm Gradwell
Apresentação da obra "Outliers", no The Guardian, por P.D. Smith. Este autor, que quer ser a Madonna da não-ficção, está publicado em Portugal pelas Publicações Dom Quixote.
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José Manuel Lara Bosch: «Quiero volver a ser un pequeño editor»
O La Vanguardia publica hoje uma entrevista a José Manuel Lara Bosch, presidente do maior grupo editorial de língua espanhola e um dos maiores do mundo. Ler aqui.
'The secret speech', de Tom Rob Smith, por Dennis Lehane
Texto para ler no New York Times. Ler um excerto aqui.
Primo Levi: Publicação da 'trilogia do Holocausto' em Espanha
Edição da El Aleph. Para ler no El Mundo. Artigo de Álvaro Cortina.
sexta-feira, 19 de junho de 2009
De onde vem a inspiração de Martin Amis?
Descubra aqui, num artigo de Harry de Quetteville, publicado no The Telegraph, .
As mulheres de Hemingway
Ler na Revista N a história de um mulherengo que achava que ser macho era não chorar e aguentar. E gostar de touros.
Quem matou o general Zia?
A Porto Editora convida todos a participar no concurso lançado no Facebook, através do envio de teorias conspirativas que expliquem como morreu o general Zia. A editora não revela qual o livro que está associado à acção, mas o Senhor Palomar, que acha o desafio de descobrir qual a obra associada muito mais interessante, arrisca que se trata de "A Case of Exploding Mangoes", de Mohammed Hanif, sobre o qual poderão ler aqui (New York Times). Ao lado, uma das capas originais da obra.
Os Meus Prémios, de Thomas Bernhard, por Hugo Pinto Santos
«... T.B. mostra todo o seu desprezo, ou o desprezo que gostaria de sentir, pela «chamada honra» (p.122). «Todas as honras», dirá, «já então eram para mim suspeitas» (id.). A «única resposta», defende, cortante, «é a de rejeitar todas as honras» (p.110). Numa das suas alocuções, aliás, diria mesmo: «Não há nada a louvar, nada a condenar, nada a acusar, mas há muita coisa ridícula; tudo é ridículo, quando se pensa na morte» (p.133). O seu desdém vai a ponto de apoucar a mera formalidade do papelucho – «o chamado diploma do prémio, cuja falta de gosto, como a de todos os outros diplomas de prémios que recebi, era inexcedível» (p.16). De resto, comenta mesmo, «já não tenho todos os outros diplomas de prémios, perderam-se no decorrer dos anos» (p.48).»
Ler no Rascunho.
O Senhor Palomar agradece a Carla Maia de Almeida
Respeitável autora, dedicada jornalista, ou ao contrário, Carla Maia de Almeida faz uma referência ao Senhor Palomar no seu Jardim Assombrado, blogue que, aliás, já deveria estar na barra de links. Mas quem conhece o Senhor Palomar sabe o quanto este é preguiçoso com os detalhes. Até aos 18 anos, altura em que começou a usar óculos, este acreditava a pés e mãos juntos que ver tudo desfocado era apenas um pormenor e que isso não seria suficiente para que este deixasse de observar o mundo. Depois, bem, depois começou a acreditar que o melhor mesmo era começar a usar óculos.
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Agradecimentos e referências ao Sr. Palomar
Jorge de Sena
Está a ser um mês forte para a Jorge de Sena. Depois de a Guimarães ter anunciado que irá publicar a obra completa do autor, surge a notícia que o corpo de Jorge de Sena será transladado para Portugal (aqui). Isto na mesma semana em que parte do espólio doado pelo autor à Biblioteca Nacional foi transferido para aquelas instalações: aqui.
José Saramago: «O Ministério da Cultura tem uma verba ridícula para fazer o que quer que seja»
Depois de nesta semana Vasco Graça Moura se ter insurgido contra o Ministro da Cultura, exigindo inclusive a demissão de Pinto Ribeiro, é José Saramago que vem criticar a política cultural do executivo. Ler no Público.
Miguéis, por Saramago
«Conheci José Rodrigues Miguéis algum tempo depois de, no ano de 1959, ter começado a trabalhar na Editorial Estúdios Cor, de que eram proprietários, meio por meio, Manuel Correia e Fernando Canhão, e director literário Nataniel Costa. Miguéis havia publicado, um ano antes, o livro de contos e novelas Léah, excelentemente acolhido pelo público e pela crítica de então.»
Ler na íntegra aqui.
Ler na íntegra aqui.
"En el mundo literario todos se creen dioses, mayores o menores"
No ano em que Espanha comemora o quarto centenário da expulsão dos muçulmanos, chega às livrarias vizinhas La Mano de Fátima, o novo romance histórico de Ildefonso Falcones, que narra a história de um jovem mouro na Andaluzia do século XVI que luta pela convivência das religiões cristã e muçulmana. Em entrevista ao El País, o advogado fala da obra, critica o sistema político, o mundo literário e opina sobre o fanatismo religioso de cristãos e mulçumanos.
Falcones é autor de A Catedral do Mar.
Top “Livros que o Senhor Palomar nunca leu, mas que toda a gente assume que sim”
1. Reviver o Passado em Brideshead, de Evelyn Waugh
2. Memórias Póstumas de Brás Cubas, de Machado de Assis,
3. Águias Brancas sobre a Sérvia, de Lawrence Durrell
4. Tomo IV do Manual de Direito Constitucional, de Jorge Miranda
5. Madame Bovary, de Gustave Flaubert,
6. Da democracia na América, de Alexis de Tocqueville
7. Anna Karenina, de Tolstoi
8. Programa eleitoral do Partido Socialista
9 O Monte dos Vendavais, de Emily Brontë
10. Qualquer um de Hálldor Laxness
2. Memórias Póstumas de Brás Cubas, de Machado de Assis,
3. Águias Brancas sobre a Sérvia, de Lawrence Durrell
4. Tomo IV do Manual de Direito Constitucional, de Jorge Miranda
5. Madame Bovary, de Gustave Flaubert,
6. Da democracia na América, de Alexis de Tocqueville
7. Anna Karenina, de Tolstoi
8. Programa eleitoral do Partido Socialista
9 O Monte dos Vendavais, de Emily Brontë
10. Qualquer um de Hálldor Laxness
Larsson arrasa em Espanha
Reportagem do El País. Em Portugal, o 3.º volume da saga (LeYa-Oceanos) apenas chegará às livrarias em Julho.
Ciclo "Quando se começa a vê-los, no lugar de lê-los, a coisa perde algum encanto"
Twain começou a fumar aos 8 anos, tendo terminado a vida a consumir 40 charutos por dia. Não que isso seja crime ou manche a carreira literária (incólume) do autor: na verdade, o único verdadeiro problema é que, alegadamente, o tabaco seria da pior estirpe possível. Estas e outras histórias aqui.
Já agora... parece que Kafka poderá ter inventado o capacete de segurança civil, quando trabalhava no Instituto de Seguros e Acidentes de Trabalho da Boêmia.
Os segredos de Stieg Larsson
Um amigo do escritor sueco, Kurdo Baksi, revela alguns traços da personalidade de Larsson: dormia pouco e fumava muito (2 a 4 maços), cigarros que regava com café e leite, ou acompanhado de comida com muita gordura. Hiperactivo. Como diz o amigo, fez o que era possível para morrer cedo. Ler aqui isto e muito mais. Não deixem de clicar no link.
quinta-feira, 18 de junho de 2009
Fernando Pessoa no Festival Silêncio
Espanha: Larsson arrasa
O fenómeno Stieg Larsson soma e segue. 200 mil exemplares do 3.º volume da saga Millennium vendidos no primeiro dia.
Ler no La Vanguardia e no El País.
Audiências
460 visitas no dia de ontem, num blogue com pouco mais de uma semana é muito mais do que o Senhor Palomar alguma vez pensou vir a conseguir. O Senhor Palomar agradece, uma vez mais, sentido com a atenção e o tempo dispensado.
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Agradecimentos e referências ao Sr. Palomar
Se a obra de Carlos Herrero for tão boa quanto a sua biografia, temos escritor
Veja aqui, no El Mundo, porquê.
Entrevista de Gunter Grass ao El País
A propósito da obra "A caixa dos desejos" (tradução livre), o El País foi ouvir o nobel alemão. Para ler aqui.
Mulher e Arma Com Guitarra Espanhola, Dennis McShade (Assírio e Alvim)
Com a publicação de "Mulher e Arma Com Guitarra Espanhola", a Assírio e Alvim continua assim a reedição das obras de romance policial, do pseudónimo de Dinis Machado. A ilustração da capa é de João Fazenda, que já assinara as ilustrações das outras duas obras: "Mão Direita do Diabo" e "Requiem Para D. Quixote". Desta linha de publicação de Dinis Pacheco, fica em falta a publicação de "Blackpot".
As restantes obras de Dinis Machado estão a ser publicadas pela Quetzal Editores, casos de "O que diz Molero" e "Reduto quase final".
O lançamento de Mulher e Arma Com Guitarra Espanhola decorrerá hoje, pelas 18h30, na livraria da Assírio e Alvim. A editora promete um «aperitivo maynardiano»: esperemos que não seja um copo de leite...
Adaptação de “A Estrada” estreia nos EUA a 16 de Outubro
O filme que adapta “A Estrada”, de Cormac McCarthy, chega aos cinemas dos EUA no dia 16 de Outubro. Ler aqui. Em Portugal, Cormac McCarthy está publicado pela Relógio D’Água. Recorde-se que os irmão Cohen já tinham adaptado, do mesmo autor, "Este País não é para velhos", também publicado pela Relógio.
Israel, de Martin Gilbert, por Eduardo Pitta (Edições 70)
«O historiador Tony Judt diz que tudo começou a partir da Guerra dos Seis Dias, em Junho de 1967, altura em que certa ideia de sionismo messiânico, intolerante e ultra-religioso deu cabo do capital de simpatia que o jovem estado gozava mesmo nos sectores da esquerda europeia. Um dos ensaios de Judt — Vitória Sombria: a Guerra dos Seis Dias de Israel, coligido em O Século XX Esquecido — é eloquente a tal respeito. Escrevi sobre esse livro no Público, mas pode lê-lo também aqui. O que me faz voltar ao assunto é a notável História de Israel de Martin Gilbert (n. 1936), o historiador que toda a gente reconhece como o mais reputado biógrafo de Churchill e um especialista do Holocausto.
Ler na íntegra aqui o texto de Eduardo Pitta.
Ler na íntegra aqui o texto de Eduardo Pitta.
Nova obra de José Agostinho Baptista para breve
A Assírio e Alvim anunciou que em breve será lançado um novo volume do poeta José Agostinho Baptista, intitulado "O pai, a mãe e o silêncio dos irmãos" (capa ao lado).
Vale a pena visitar o site do autor (link acima). Ali encontramos diversos vídeos relacionados ao autor, mas também a sua bio e bibliografia. O autor disponibiliza ainda alguns poemas e contacto para envio de e-mail.
quarta-feira, 17 de junho de 2009
Quem será o Senhor Palomar? Esclarecimento a Carlos Vaz Marques, Sara Belo Luís e Catarina Homem Marques
Carlos Vaz Marques pergunta, secundado por Catarina Homem Marques e Sara Belo Luís no facebook do jornalista. O Senhor Palomar deseja esclarecer a estes eméritos profissionais, que segue atentamente, que não pretende incomodar. O Senhor Palomar é uma figura pública no sentido em que tem bilhete de identidade, certidão de nascimento e vota sempre. Nunca em branco. O Senhor Palomar habita em Lisboa mas sente-se tão bem no calor alentejano, como na Foz do Porto. O Senhor Palomar estima o trabalho de Carlos Vaz Marques e tira o chapéu a Sara Belo Luís por saltar entre a economia e a cultura, como quem saboreia dois gelados ao mesmo tempo, sem se atrapalhar. Não se esquece da Catarina, que também lê, mas recusa-se a fazer uma qualquer piada com o astro-rei. E agora o Senhor Palomar pretende retirar-se, pianinho pianinho. Boa-noite.
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Agradecimentos e referências ao Sr. Palomar
Mais uma referência, mais um agradecimento
Agora à revista LER que considerou o Palomar digno de um post. Aqui. O Senhor Palomar está vaidoso, muito vaidoso. E a ficar mal habituado.
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Agradecimentos e referências ao Sr. Palomar
Diário de Antoine de Saint-Exupéry a leilão
Intitulado "Au centre du désert", o diário serviu de base à construção de alguns dos escritos do autor francês. O diário tem um valor estimativo de 250 a 300 mil euros. Ler no El Mundo.
Sugestões de leitura
Neil Gaiman, Michael Connelly, Mary Karr, Jonathan Lethem, Sarah Dunant, Berkeley Breathed, Diana Gabaldon, Dave Barry e Ridley Pearson sugerem livros para ler. Em formato vídeo, para acompanhar aqui.
J.D.Salinger, por Tom Leonard
Tom Leonar foui até Cornish, New Hampshire, onde Salinger, com 90 anos, vive uma vida recatada com a sua terceira mulher. O texto chama-se "What I Heard At J.D. Salinger’s Doorstep". Para ler no Spectator.
Lisbeth Salander
Para os que não possam estar familiarizados com o universo de Larsson, o nome poderá ser estranho. Para os outros não. Ler no La Vanguardia sobre esta personagem.
Suketu Mehta, por Paulo Moura
Paulo Moura desenha no seu blogue um perfil de Suketu Mehta, autor de Maximum City. O livro foi considerado por Rushdie como a melhor obra alguma vez feita sobre Bombaím: «It's the best book yet written about that great, ruined metropolis, my city as well as his, and it deserves to be very widely read.»
Para mais informações sobre o autor, consultar a barra lateral esquerda do site (link acima).
Aguarda-se a tradução para Portugal.
Gilda Lopes Encarnação, tradutora de A Montanha Mágica, em entrevista
«Como foi o processo de tradução? Leu em primeiro lugar o livro e só depois traduziu? Ou leu e traduziu ao mesmo tempo?
Como já conhecia a obra, não a li na íntegra antes de iniciar a tradução. Ia lendo capítulo a capítulo, antes de iniciar a respectiva tradução. Usei o método de sempre, que é o seguinte: fidelidade tanto quanto possível ao autor e à obra que se traduz, tentativa de conservar as marcas estilísticas e linguísticas do autor, bem como as suas escolhas semânticas; conservar o tom da obra e as marcas de poeticidade; traduzir de modo a que o leitor de língua portuguesa leia a obra traduzida sem se aperceber de que é uma tradução, isto é, com a naturalidade e fluência com que um leitor de expressão alemã lê o original. A única diferença em relação a tradução anteriores foi a criação de um mini-dicionário Thomas Mann, com expressões e termos que se repetem ao longo da obra, sobretudo Leitmotive, que caracterizam personagens, indiciam ambientes, sugerem uma atmosfera. Devido à extensão da obra (mil páginas em alemão), este método tornou-se necessário a fim de não perder a visão de conjunto sobre a mesma.»
Como já conhecia a obra, não a li na íntegra antes de iniciar a tradução. Ia lendo capítulo a capítulo, antes de iniciar a respectiva tradução. Usei o método de sempre, que é o seguinte: fidelidade tanto quanto possível ao autor e à obra que se traduz, tentativa de conservar as marcas estilísticas e linguísticas do autor, bem como as suas escolhas semânticas; conservar o tom da obra e as marcas de poeticidade; traduzir de modo a que o leitor de língua portuguesa leia a obra traduzida sem se aperceber de que é uma tradução, isto é, com a naturalidade e fluência com que um leitor de expressão alemã lê o original. A única diferença em relação a tradução anteriores foi a criação de um mini-dicionário Thomas Mann, com expressões e termos que se repetem ao longo da obra, sobretudo Leitmotive, que caracterizam personagens, indiciam ambientes, sugerem uma atmosfera. Devido à extensão da obra (mil páginas em alemão), este método tornou-se necessário a fim de não perder a visão de conjunto sobre a mesma.»
Para ler no Diário Digital a entrevista de Gilda Lopes Encarnação a Pedro Justino Alves. Aqui.
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Profissionais da Edição
Veneza, de Jan Morris (Tinta-da-China)
Numa edição lindíssima, mais um capítulo da colecção coordenada por Carlos Vaz Marques, jornalista que apresenta a obra: «O livro que tem nas mãos, caro leitor, é já um clássico. Publicado originalmente há meio século, é muitas vezes referido como o livro sobre Veneza. Nele, Jan Morris entrelaça o H grande da História com um apuradíssimo sentido de observação para o h pequeno das histórias do quotidiano. É assim – para dar apenas um exemplo comezinho – que ficamos a saber porque há tantos gatos e porque deixou de haver cavalos em Veneza. »
Ler aqui, na íntegra, o texto de Carlos Vaz Marques.
Tradução de Raquel Mouta.
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