
Com um abraço, e votos de um bom regresso ao trabalho (numa altura em que Manuel Alberto Valente tem um novo original para trabalhar), o Senhor Palomar publica a primeira parte do poema que dá início ao pequeno livro "Sete (desen)cantos", da autoria do actual editor da Porto Editora.
Abaixo, a capa do dito livro (2.ª edição, 1985).

Meu caro Senhor Palomar,
ResponderEliminarO meu amigo honra-me ao ir descobrir no fundo da baú versinhos de um tempo longínquo e ao dar-me um destaque que certamente não mereço. Os versos, diga-se a verdade, não eram maus - houve coisas muito piores que se tornaram referências incontornáveis; sabe, melhor do que eu, como estas coisas acontecem.Foi por essa altura que arrumei a lira e me dediquei a publicar o que os outros escreviam. Parece que não me tenho saído mal - mas confesso-lhe, aqui que ninguém nos ouve, que preferia continuar a escrever uns alexandrinos perfeitos que entusiasmassem algumas moçoilas carentes de ternura e de flirt. Sinal de velhice, meu caro Palomar. Você, que é certamente jovem, não sabe o que custa olharem para nós como se já fôssemos velhos. Quando estamos cheios de saudades do futuro.
Creia-me, com consideração e estima,
seu amigo,
Manuel Alberto Valente
Caro Manuel Alberto Valente,
ResponderEliminaro seu comentário honra muito este blogue, ou melhor dito, honra muito os seus narradores. Peço-lhe que aceite o post como uma prova de estima.
Com um abraço amigo do seu amigo
Palomar.