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quarta-feira, 8 de julho de 2009

O caderno, de José Saramago (Caminho), por José Mário Silva

«Os melhores textos, porém, não são os de pendor político. São os outros. Aqueles em que Saramago se liberta da pose de intelectual empenhado e evoca escritores (Eduardo Lourenço, Jorge Amado, Carlos Fuentes) ou figuras que admira (Rita Levi-Montalcini, Federico Mayor Zaragoza, Baltasar Garzón), fala dos seus cunhados ou de Susi (a «elefanta solitária» e triste do jardim zoológico de Barcelona), reflecte a partir de um mote («como serão as coisas quando não estamos a olhar para elas?») ou demonstra uma surpreendente generosidade (ao antever, por exemplo, um futuro Nobel da Literatura para Gonçalo M. Tavares).»

Este texto, da qual se reproduz um excerto, deu origem a uma resposta do Nobel da Literatura, que por sua vez foi objecto de réplica por José Mário Silva.

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