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quarta-feira, 17 de junho de 2009

Gilda Lopes Encarnação, tradutora de A Montanha Mágica, em entrevista

«Como foi o processo de tradução? Leu em primeiro lugar o livro e só depois traduziu? Ou leu e traduziu ao mesmo tempo?
Como já conhecia a obra, não a li na íntegra antes de iniciar a tradução. Ia lendo capítulo a capítulo, antes de iniciar a respectiva tradução. Usei o método de sempre, que é o seguinte: fidelidade tanto quanto possível ao autor e à obra que se traduz, tentativa de conservar as marcas estilísticas e linguísticas do autor, bem como as suas escolhas semânticas; conservar o tom da obra e as marcas de poeticidade; traduzir de modo a que o leitor de língua portuguesa leia a obra traduzida sem se aperceber de que é uma tradução, isto é, com a naturalidade e fluência com que um leitor de expressão alemã lê o original. A única diferença em relação a tradução anteriores foi a criação de um mini-dicionário Thomas Mann, com expressões e termos que se repetem ao longo da obra, sobretudo Leitmotive, que caracterizam personagens, indiciam ambientes, sugerem uma atmosfera. Devido à extensão da obra (mil páginas em alemão), este método tornou-se necessário a fim de não perder a visão de conjunto sobre a mesma.»

Para ler no Diário Digital a entrevista de Gilda Lopes Encarnação a Pedro Justino Alves. Aqui.

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